Pça do Comércio do Distrito de Salobro Bahia. |
De braços cruzados e encostada a uma pequena caminhonete contendo as caixas de sua mudança, Osvaldina, 54 anos, estava com o olhar absorto em pensamentos que a transportavam até sua terra natal. Os momentos de espera pelo ônibus que a levaria de volta a Salobro, pequeno distrito de Canarana, no Estado da Bahia, lhe traziam a lembrança de muitos anos de trabalho e luta por uma vida melhor. Foi neste momento que a encontramos: deixando para trás o sonho realizado, apesar do cansaço de uma vida sacrificada em São Paulo durante 30 anos trabalhando para sustentar a família.
Osvaldina Maria dos Santos veio para São Paulo no ano de 1976, junto com o pai. Na época com 16 anos de idade conseguiu um emprego como babá de uma família de classe média alta da zona sul da cidade. Foram muitos dias de solidão, cuidando de uma menina que virou mulher, casou-se e teve uma filha, que também viria a ser cuidada por Osvaldina. Com o falecimento de sua patroa, os cuidados dedicados à mãe foram transferidos também para a filha.
Durante 30 anos essa mulher destemida viveu distante do marido e da criação dos 2 filhos para garantir o sustento e a realização dos sonhos em sua terra natal. Foram anos de enorme sacrifício: Osvaldina só podia visitar a família uma vez por ano, durante 20 ou 30 dias de férias do emprego. Os únicos momentos de alegria e prazer também estavam sendo levados na bagagem, representados no violão que disse “não ter conseguido aprender a tocar”.
O caminho de volta do sonho de Osvaldina vai se completando com essa viagem. “Acho que desta vez não volto mais. Estou cansada de tanto trabalho”, avalia Osvaldina. Apesar de gostar de viver em São Paulo, acha que a vida é muito cara e não trocaria a casa na terrinha por uma vida na grande metrópole. “A vida aqui é muito cara; aluguel, transporte, comida... não sobra nada pra viver”.
Realizando o seu grande sonho de sustentar a família e dar uma estrutura para os 2 filhos, Osvaldina, Guerreira de Salobro, representa a mulher de fibra que sonhou, foi em busca do seu sonho, lutou e venceu. Sua história não termina aqui, seus filhos provavelmente vão continuar esse sonho, pois também pensam em vir trabalhar em São Paulo. Os motivos podem ser os mesmos (falta de emprego e perspectiva) mas os sonhos certamente serão outros. Os filhos de Osvaldina podem sonhar mais alto e quem sabe realizar a segunda parte do sonho da mãe: uma velhice de saúde e tranquilidade na sua casa, na sua terra, descansando.
Reportagem de Dario Reis e Henrique Crivelaro – São Paulo
Editor: Prof. Cacá – Técnicas de Reportagem e Edição
Osvaldina Maria dos Santos veio para São Paulo no ano de 1976, junto com o pai. Na época com 16 anos de idade conseguiu um emprego como babá de uma família de classe média alta da zona sul da cidade. Foram muitos dias de solidão, cuidando de uma menina que virou mulher, casou-se e teve uma filha, que também viria a ser cuidada por Osvaldina. Com o falecimento de sua patroa, os cuidados dedicados à mãe foram transferidos também para a filha.
Durante 30 anos essa mulher destemida viveu distante do marido e da criação dos 2 filhos para garantir o sustento e a realização dos sonhos em sua terra natal. Foram anos de enorme sacrifício: Osvaldina só podia visitar a família uma vez por ano, durante 20 ou 30 dias de férias do emprego. Os únicos momentos de alegria e prazer também estavam sendo levados na bagagem, representados no violão que disse “não ter conseguido aprender a tocar”.
O caminho de volta do sonho de Osvaldina vai se completando com essa viagem. “Acho que desta vez não volto mais. Estou cansada de tanto trabalho”, avalia Osvaldina. Apesar de gostar de viver em São Paulo, acha que a vida é muito cara e não trocaria a casa na terrinha por uma vida na grande metrópole. “A vida aqui é muito cara; aluguel, transporte, comida... não sobra nada pra viver”.
Realizando o seu grande sonho de sustentar a família e dar uma estrutura para os 2 filhos, Osvaldina, Guerreira de Salobro, representa a mulher de fibra que sonhou, foi em busca do seu sonho, lutou e venceu. Sua história não termina aqui, seus filhos provavelmente vão continuar esse sonho, pois também pensam em vir trabalhar em São Paulo. Os motivos podem ser os mesmos (falta de emprego e perspectiva) mas os sonhos certamente serão outros. Os filhos de Osvaldina podem sonhar mais alto e quem sabe realizar a segunda parte do sonho da mãe: uma velhice de saúde e tranquilidade na sua casa, na sua terra, descansando.
Reportagem de Dario Reis e Henrique Crivelaro – São Paulo
Editor: Prof. Cacá – Técnicas de Reportagem e Edição
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