A cafeicultura é uma atividade altamente importante no contexto sócio econômico do município. Porém, vem enfrentando uma crise, a qual vem gerando graves problemas sociais, tais como: desemprego, redução da renda dos agricultores, êxodo rural e culminando com o aumento da pobreza.
Em janeiro de 2009, foi criada a Secretaria Municipal da Agricultura, Meio Ambiente e Turismo (SEMAGRI), para levar a assistência de qualidade e efetiva aos agricultores, buscando novas tecnologias para a cafeicultura e alternativas de diversificação para o Município.
O I Encontro dos Produtores Rurais de Barra da Estiva e Região foi realizado em 2009, idealizado e proposto pelo Engenheiro Agrônomo Álvaro Ferraz, quando se fez necessário discutir as principais dificuldades da cafeicultura familiar do município, mas envolvendo a região e como se reflete para todo o estado e o país, em função do colapso em que se encontrava a atividade. Barra da Estiva não fazia parte das discussões no cenário da cafeicultura estadual e não chamava a atenções para sua cafeicultura, mesmo sendo o maior pólo cafeeiro da agricultura familiar de todo a Chapada Diamantina, o município teve a iniciativa de trazer para si a responsabilidade e realizou um evento para tal fim com abrangência regional o I Encontro.
O III Encontro já é uma realidade onde novamente estamos inovando, com dia e campo, demonstração de maquinas apresentação do clube do Jepp e com vários cursos para diversificação da Agricultura familiar.
Através da parceria com o Banco do Brasil agência de Barra da Estiva na implantação do DRS (Desenvolvimento Regional Sustentável) onde buscamos fazer um diagnostico dos principais problemas encontrados pelos agricultores para obtenção de um café de qualidade, a equipe da SEMAGRI o Engenheiro Agrônomo Álvaro Ferraz e Técnico Agrícola Antônio Silvio buscou visitar todas as regiões conversando diretamente com as comunidades e suas liderança traçando um diagnostico dos principais problemas da cafeicultura e observando que a maior queixa era a falta de assistência técnica desde a implantação da lavoura e principalmente no seu desenvolvimento. Os produtores não tinham nenhuma noção de como conduzir uma lavoura cafeeira nos tempos atuais com tanta competição, mercado exigente em qualidade e novas tecnologias cada dia mais avançadas ao alcance de todos mesmo da agricultura familiar.
Com o apoio da Prefeita Ana Lúcia e do Secretario da Agricultura José Henrique sugerimos a visita a outros municípios onde a cafeicultura familiar esta dando certo para mostrar ao produtor local que uma lavoura bem administrada e cuidado no pós colheita o produtor da agricultura familiar consegue ganhar dinheiro e viver bem no meio rural.
Realizamos em 2009 seis (06) missões técnicas levando ao todo 90 (noventa) produtores de varias regiões do município para mostrarmos a condução da lavoura cafeeira e os cuidados na pós-colheita. Onde buscamos qualificar os produtores com palestras, dia de campo por região, após estas visitas de avaliação da lavoura e capacidade de pagamento foram implantados 10 (dez) núcleos de terreiros cobertos com estufa e despolpadores. aos primeiros produtores que se enquadraram no financiamento do PRONAF através do Banco do Brasil. Passamos a assistir os produtores do município com freqüência e qualidade para qualificar quando ao manejo de solo, adubação, planta e por fim chegarmos na qualidade final do café que é o mais importante. Com assistência e a melhoria das lavouras gradativamente já implantamos mais 15 (quinze) estufas para secagem de café em varias regiões para safra 2010/2011 e estamos nos preparando para implantar para safra 2011/2012 mais 12 (doze) núcleos.
Nestes dois anos de implantação da SEMAGRI já conseguimos um grande avanço para a agricultura familiar do município, pois já na safra 2009/2010 foi comercializado de uma pequena produtora senhora Maria do Carmo Alves dos Santos CPF 871.786.565 – 46 que fez um projeto na linha do PRONAF para implantação de uma estufa de 200 m2 e um despolpador para 30 latos hora, consegui produzir um café de qualidade onde vendeu a saca por R$ 511,00 sendo o valor Maximo obtido por uma saca de café no município na ultima safra.
Com muito trabalho a equipe da SEMAGRI vence as dificuldades e presta uma assistência técnica ao agricultor familiar.
Segue em anexo a nota fiscal de Dona Maria do Carmo e de outro produtor para comparativo de preços
O Paraguacu
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