Na hora de usar o cartão de crédito, a gente pode ser que nem o administrador hospitalar Ernesto Stanguetti: “Sei que juros é um juros abusivo, ele é fora da realidade, então procuro não gastar dinheiro com pagamento de juros”, conta.
Ou que nem a administradora Terezinha da Cruz: “Tenho problemas de compra, sou meio consumista, não consigo comprar uma coisa só. Eu comprei, esse mês, oito pares de sapato”, confessa.
Confira a cartilha com as orientações sobre as mudanças
Hoje, o valor mínimo que o consumidor tem de pagar é 10% da fatura. Agora, passa para 15% e, em dezembro, para 20%.
Por exemplo: quem recebe uma fatura de R$ 500, pode pagar, hoje, só R$ 50. O resto vem cobrado no mês que vem, com juros. As compras feitas a partir de amanhã já entram na nova regra: quando a fatura chegar, o consumidor terá de pagar, pelo menos, R$ 75 e, em dezembro, R$ 100. Isso significa menos dívida.
“Ele vai ser obrigado a se organizar um pouco mais, a ser um pouco mais disciplinado, um pouco mais diligente com suas próprias contas para poder fechá-las no final do mês”, explica o especialista em finanças André Massaro.
As mudanças não limitam os juros do cartão de crédito, que são livres e estão em 10,69% ao mês. E é por causa dos juros que a dona de casa Nataly Pazini parou de usar o cartão, mas ainda está pagando por ele: “A dívida, somente a dívida, não estou usando. Tirei até da carteira, está escondidinho”, brinca.
O Conselho Monetário Nacional também reduziu de 80 para cinco o número de tarifas que podem ser cobradas pelas operadoras. A nova regra passa a valer para os cartões emitidos a partir de quarta. Para os já existentes, a mudança entrará em vigor em junho do ano que vem.
Fonte: Jornal Nacional
Vídeo da Reportagem sobre as regras dos cartões de créditos
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